Cine Psi IVJ traz análise de personagem da série Game of Thrones e performance teatral “Mentes Consumistas”

Na tarde de ontem (29), aconteceu mais uma sessão do Cine Psi IVJ, que desta vez se propôs a analisar o personagem Theon Greyjoy da aclamada série da HBO e ainda contou com a performance de alunos da disciplina de Antropologia Médica apresentando o espetáculo “Mentes Consumistas”.
30 de abril de 2019

“Na ocasião fizemos uma análise do comportamento do personagem, onde discutimos se tratava-se da redenção de um anti-herói ou se o mesmo foi vítima da Síndrome de Estocolmo ou do Transtorno do Estresse Pós-traumático (TEPT), sob a ótica da psicologia comportamental”, explicou Thahyana Valente, professora e psicóloga.

Para o aluno do curso de Psicologia, Emerson Barbosa, “por Game of Thrones ser um grande fenômeno cultural da atualidade, acreditamos que por conta disso e do grande desenvolvimento de determinados personagens ao longo da série, como o Theon Greyjoy – o personagem analisado na ocasião – seria extremamente interessante o olhar da análise do comportamento sobre o mesmo.”

Cabe ainda destacar a participação dos alunos do 1° período do curso, a partir da disciplina Antropologia Médica ministrada pela antropóloga Abda Medeiros. “Dentro do CinePsi iniciamos o nosso unlocking. Já que a ideia é destravar e eu tenho quatro turmas em semestres diferentes, cursando a matéria de Antropologia Médica, combinamos manter a Metodologia proposta pela FVJ só que utilizando linguagens da Arteterapia e Arte Educação. As turmas foram divididas em 14 grupos. Cada dois grupos passariam a ler um dos sete livros da série Mentes de autoria da psiquiatra carioca Ana Beatriz Barbosa. Até junho estaremos apresentando o conteúdo desses livros em forma de teatro, artes plásticas, instalação, música etc. Teremos eventos dentro e fora da FVJ”, explicou Abda.

Ontem, um dos grupos apresentou uma performance teatral alusiva ao livro ‘Mentes Consumistas’. “A ideia é despertar no espectador, a reflexão de que consumir faz parte de um dos processos da cadeia produtiva capitalista, mas a mercadoria não pode nos tornar escravos ou por meio dela desenvolvermos patologias simplesmente porque os produtos despertam em nós a necessidade de completude. Na verdade, necessário é que se compreenda que os seres humanos possuem presenças e ausências e não serão as coisas que irão nos preencher a ponto de tornarmos obcecados pelo consumo que ilusoriamente aludem à distinção social, ao preenchimento de vazios etc”, completou a antropóloga.

Vale ressaltar que a performance foi montada e dirigida pelos educandos do 1° semestre de Psicologia. Ao final, eles receberam nota de 0 a 10. “Ainda teremos eventos envolvendo as seguintes temáticas: Mentes e Manias, Mentes Ansiosas, Mentes Depressivas, Mentes Inquietas, Mentes Perigosas e Mentes que Amam Demais”, finalizou ela.

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