Sendo um espaço voltado para o atendimento, orientação, ações preventivas e formativas junto a alunos e professores, o Núcleo de Apoio Psicopedagógico facilita processos humanos no estabelecimento de relações profissionais maduras, saudáveis e éticas.
Chegando à instituição, a Professora e Doutora em Psicologia Márcia Skibick Araújo assume agora a coordenação do NAP, núcleo que tem como propósito ser um espaço de escuta, reflexão e acompanhamento psicológico.
“O maior desafio nesse momento é superar esta época de pandemia, apoiar e facilitar a vida da comunidade acadêmica. A distância impede o encontro, o olhar e a palavra direta, no entanto somos capazes de fortalecer vínculos no distanciamento. O isolamento nega o que mais necessitamos enquanto seres humanos, o contato, mesmo assim podemos nos manter conectado com o outro. Precisamos do outro como referência cognitiva, comportamental e afetiva. O afeto fortalece a nossa identidade através dos diferentes tipos de relacionamentos que mantemos. O NAP é um espaço de apoio, de cuidado e acolhimento. É de fundamental importância que seja reconhecido dessa forma, deixando em segundo lugar os encaminhamentos burocráticos”, afirmou Skibick.
Doutora em Psicologia pela Universidade Autônoma de Barcelona (2009), Master em Cooperação e Desenvolvimento pela Universidade de Barcelona (2000), Pesquisadora do Grupo NUCOM – Identidade, Comunidade e Sustentabilidade pela Universidade Federal do Ceará/CNPq, e com vasta experiência acadêmica e na área de Psicologia Social Comunitária e Organizacional, Márcia Skibick, já integrada ao núcleo, explicou alguns pontos relevantes sobre a atuação, os desafios e o compromisso do NAP para com a sociedade.
“O NAP, com a missão de atender e orientar alunos, professores e colaboradores no que tange às dificuldades no processo de aprendizagem, situações sócio emocionais, nos relacionamentos interpessoais, em dificuldades cognitivas, situações limitantes familiares, é responsável pela expansão do ser mais, ou seja, acompanhar e apoiar tudo que afeta o desempenho acadêmico e pessoal”, ressaltou a professora numa análise sobre o núcleo e como este trabalha favorecendo o desenvolvimento intelectual e emocional dos jovens.
“Assim sendo, a pandemia veio acrescentar fatores que dificultaram a convivência e o acompanhamento, principalmente com o distanciamento e o novo modelo do ensino remoto. O NAP também passou a dar suporte às consequências sócio emocionais da pandemia. O setor busca trabalhar com a comunidade acadêmica propostas que despertem o interesse, a vitalidade, a criatividade e o autoconhecimento na superação de ansiedades, estados depressivos e desmotivação pessoal. Priorizar o diálogo e o consenso, frente a realidade desafiadora que vivemos, são ferramentas imprescindíveis à garantia da nossa saúde mental”, ponderou a psicóloga frisando que o trabalho do núcleo vem se reestruturando nesse momento pandêmico e de fortes mudanças que afetam a vida de todos.
Ao ser questionada sobre a relação da FVJ com os alunos, e como esta conexão vem se desenvolvendo, Márcia explica: “O aluno sempre espera da instituição de ensino a qualidade nos seguintes aspectos: nos processos de ensino-aprendizagem e psicopedagógico, em boas estruturas, na agilidade tecnológica e na celeridade dos procedimentos acadêmicos. É visível que a FVJ vem respondendo a todos estes itens de forma comprometida e responsável. Nesse período de pandemia onde tudo se modifica numa velocidade imprevisível, todos temos que redimensionar e ressignificar nossa realidade a cada momento. Toda a comunidade acadêmica está envolvida nesse momento histórico, alunos, professores, administração e gestão assumem e aceitam a realidade volátil em que vivemos para um aproveitamento satisfatório e uma compreensão do novo. As mudanças geram resistência nos dois sentidos, na dificuldade de acolher e no fortalecimento do porvir. Vejo que todos estão cooperando nesse sentido. É um período delicado, sairemos mais maduros, mais fortes e flexíveis dentro de um profissionalismo competente e sério.”
Abraçando esse novo desafio e responsabilidades que acompanham a função, Skibick reforça: “Queremos ser um espaço de criatividade, de diálogo, de confiança, de crescimento, de superação e desenvolvimento. O cuidado, a atenção e a percepção são importantes conceitos que norteiam os encaminhamentos, objetivando captar e detectar as problemáticas presentes e as sutis. O não dito também nos interessa, desde o ponto de vista da psicologia, nos comunicamos não só pela palavra, mas por uma série de signos e símbolos, linguagens cotidianas que nos revelam. O Nap está atento e acompanhando a todos que precisam de atenção e acolhimento.” E ela ainda ressalta que, assim como o NAP, a FVJ tem o compromisso social que precisa ser fomentado e fortalecido cotidianamente: “O compromisso da FVJ, ou do NAP, acontece de forma contínua no estímulo à formação de lideranças e projetos de extensão realizados fora dos muros da faculdade, com diferentes tipos de parceiros. Queremos líderes e parceiros que sejam comprometidos com a cidadania, a democracia, os direitos humanos e com a sustentabilidade do planeta, que é nossa casa, nosso local de estudo, de trabalho e de relações.”
“O NAP é um núcleo que instiga e promove ações que geram consciência, sensibilidade e afetividade na estratégia de construir um mundo melhor, de pessoas melhores”, finalizou a nova Coordenadora do Núcleo de Apoio Psicopedagógico da FVJ.