“Anistia é um instrumento que vem desde a Grécia Antiga. Sempre foi um instrumento político para resolver conflitos que uma nação está envolvida internamente, para poder reconciliar.”
(Mário Albuquerque,
Presidente da Comissão Nacional de Anistia)
Ontem (17), o Instituto do Vale do Jaguaribe, na parceria com o Curta Canoa, promoveram mais uma Mostra Cineclub IVJ, que dessa vez trouxe a anistia e a ditadura como temáticas e como convidado para falar do assunto o Mário Albuquerque, Presidente da Comissão Nacional de Anistia.
Na ocasião, foram exibidos dois curtas documentários que abordam os dias sombrios da ditadura, intitulados “30 Anos de Anistia” e “Kohbac: A Maldição da Câmera Vermelha”. Dentre o público presente estavam os alunos dos cursos de Gestão, Serviço Social e Direito da FVJ, contando ainda com um debate final, protagonizado por alguns desses alunos, bem como de professores do Serviço Social e do Direito e do idealizador do Curta Canoa, Adriano Lima. Desta forma, o cineclube se mostrou mais vez um encontro enriquecedor de desenvolvimento de ideias e discussões.
Resgatando historicamente essa questão da anistia no Brasil, Mário Albuquerque discorreu: “O Brasil já teve várias anistias, inclusive no império. Esta última, se eu não me engano, é a única anistia que não foi irrestrita. Ela é uma anistia parcial, por isso que até hoje não se resolveu. Ela continua aí sem solução, porque ela é contestada, ela não conseguiu pacificar o país. Então, ela está ainda precisando cumprir esse objetivo de pacificação, de reconciliação dos brasileiros.”
“O Cineclube é instrumento muito bom de comunicação. Aqui se junta várias linguagens, facilita a comunicação e atrai as pessoas. É diferente do recurso da palavra. Através do recurso do cineclube você mobiliza várias linguagens e sentimentos. É um trabalho muito importante que a faculdade faz e eu queria parabenizar de ter um cineclube aqui”, finalizou Mário elencando a importância de um cineclube para discussões desse tipo.