Cerimônia do semestre 2016.2 ficou marcada pelo número recorde de 532 formandos em 10 cursos
Uma noite de céu nublado. Até as estrelas se recolheram atrás das nuvens para darem o protagonismo do momento aos 532 formandos, que iluminaram o Complexo Esportivo no Campus da Faculdade do Vale do Jaguaribe (FVJ), em 18 de janeiro de 2017. Além do número histórico de concluintes, a colação de grau 2016.2 também marcou por formar as primeiras turmas de Direito e Fisioterapia.
Foram centenas de líderes formados em 10 cursos: bacharelado em Administração, Direito, Enfermagem, Fisioterapia, Serviço Social e Turismo; licenciatura em Educação Física, Letras e Pedagogia; e tecnólogo em Recursos Humanos. Todos prontos para o mercado de trabalho, para a academia e, sobretudo, para a vida.
Milhares de pessoas testemunharam o encerramento de um ciclo marcado por vitórias, tropeços, decisões, incertezas, lutas e glórias. Porém, a formatura também representou um novo ponto de partida, como reforçou em seu discurso o sócio-mantenedor da FVJ, Pedro Henrique Chaves Antero: “Continuaremos nos importando com o futuro de vocês. Hoje, o mundo não permite que um profissional pare suas pesquisas e os seus estudos”.
Uma palavra que resume a noite: emoção. Sentimento compartilhado durante o discurso da diretora-geral da FVJ, Maryland Bessa Pereira Maia. “Nós agradecemos a comunhão e o coletivo de energias tecidos ao longo dos anos. A gente acredita que o outro pode, como um dia acreditaram que nós poderíamos”, disse, pedindo uma salva de palmas a todos os coordenadores, professores e funcionários da FVJ. “A faculdade somos nós”, concluiu.
O professor do curso de Direito, Felipe Meira Marques, fez um discurso motivador para os formandos, afirmando que o corpo docente da FVJ se orgulha e acredita em cada concluinte. “É hora de novos desafios. Vocês serão os mentores do futuro. Liderem. Deem o exemplo. É hora de colocar em prática tudo o que aprenderam”, falou.
Mais que líderes, a FVJ acaba de formar pessoas conscientes das responsabilidades que terão a partir de agora. “Buscar a emancipação dos cidadãos, a eliminação de todas as formas de preconceito, incentivar a discussão ampliada das diferenças e da diversidade e lutar pela construção de uma nova sociedade mais justa, humana e igualitária”, dizia o juramento proferido pelo formando Robson Cosmo Silva (Fisioterapia).
O discurso da oradora oficial das turmas, Franciane Augusta Monteiro (Direito), também tocou os presentes na cerimônia. Em suas palavras, a representante dos alunos destacou a importância de uma formação acadêmica, uma vez que a cada dia o cenário profissional demanda pessoas qualificadas.
Seja como for, antes de serem nossos futuros clientes, alunos
e pacientes, eles são acima de tudo PESSOAS, HUMANOS, como nós!
– Franciane Augusta Monteiro (Direito)
Confira o discurso na íntegra: AQUI.
A FVJ é movida por pessoas
“Nunca pensei em desistir”. As palavras são da formanda Luciana Amarante (Pedagogia), que mora no Guajiru e trabalha como professora no Campestre, ambas localidades do município de Fortim. Luciana explica que saía de casa às 17h30 e, por causa das várias paradas do ônibus pelo caminho, chegava à FVJ praticamente às 19h. Segundo ela, a jornada acadêmica foi difícil, mas, ao mesmo tempo, muito prazerosa. “Espero que isso seja só o começo da minha caminhada. Eu pretendo continuar estudando, buscando a melhoria e aprender cada dia mais”, disse ela, confiante.
A trajetória de Wellington Lemos (Educação Física) também não foi fácil. Foram quatro anos saindo de Beberibe em busca de um sonho: ser professor. “Agora graduado na área que eu sonhei, quero tentar modificar de certa forma a educação. Contribuir para que a educação do país venha a melhorar, atingir um grande sucesso”, relatou.
Filho de agricultores, Wellington compartilhou esse momento tão especial com a mãe, Valdenice Lemos da Silva. “Em primeiro lugar, agradeço a Deus, porque meu filho realizou o meu sonho também. Então é uma honra muito grande. Estou muito feliz”, comemorou.
O mesmo orgulho foi sentido por Luciano Maia, pai da formanda Monalisa Maia (Serviço Social). Apesar das noites sem dormir, preocupado com as dificuldades financeiras, ele mostra a satisfação de ver a filha mais velha conquistando um diploma. “É uma sensação muito grande de alegria, porque não é todo pai que tem esse prazer. Às vezes, a gente não tinha o dinheiro para pagar as mensalidades, mas com fé em Deus a gente chegou lá”, relatou.
Monalisa reconhece o esforço dos pais e agradece pelo total apoio que recebeu durante a graduação. Depois da experiência positiva como estagiária no Centro de Atenção Psicossocial (Caps Geral de Aracati), agora ela planeja exercer a profissão voltando-se para a área da saúde. “Eu me identifiquei muito. Acabei me apaixonando pela área e pretendo exercer nessa área. Mas claro que, o que me aparecer, vou agarrar com unhas e dentes”, afirmou ela, esperançosa.