Na manhã do último sábado (09), os discentes da matéria de Antropologia Médica, ministrada pela Antropóloga Dra. Abda Medeiros, realizaram na sala de dança uma “aula de campo” com a presença de Mãe Kedma de Oyá e o grupo aracatiense Fraternidade de Umbanda.
Na ocasião, a sacerdotisa de Umbanda enfatizou como vivenciar a espiritualidade no cotidiano, independente de religião. Destacou que um olhar cuidadoso sobre nós mesmos, a relação com o transcendental e a coerência entre o que se diz e aquilo que se pratica, leva-nos ao bem estar biológico, cultural, psíquico e espiritual. Ela destacou o quanto as demais religiões levam em si de ritos e ritualidades da Umbanda, sendo que Deus, independente dos nomes (Oxalá, Jeová, Allah etc) é único e criador do Universo. Com ele formamos uma teia energética capaz de curar, reerguer e avançar em nossos desafios.
O momento contou com a participação do grupo aracatiense Fraternidade de Umbanda que trouxe para esta vivência espiritual os batuques e a força das entidades afro por meio da música. Destaque para o Hino da Umbanda, o canto a Oxalá (e que representa Deus), Ogum (Orixá da guerra sincronizado a São Jorge) e Iansã (Yabá dos ventos, raios e tempestades em sincronia à Santa Bárbara), bem como uma forte oração de agradecimento pela vida nossa de cada dia.
A aula marcou a homenagem ao Dia da Consciência Negra, 20 de Novembro, e a relevância significativa das práticas de cura nas religiões de matriz africana, Umbanda e Candomblé, módulo estudado recentemente pelos discentes. Isso porque não podemos perder de vista a pluralidade terapêutica, a singularidade do indivíduo e suas narrativas de vida para uma melhor compreensão do que seja saúde e doença. Axé!