Na última quarta-feira (26), aconteceu o Seminário “Questão Agrária e Serviço Social”, reunindo alunos e professores do curso, além da Assistente Social da Casa de Extensão, Caroline Lima, e dos palestrantes: Kamila Martins, professora do Curso de Serviço Social da Terra (PRONERA, INCRA,MST,UECE) e Odair Magalhães, da Direção Nacional do MST.
A Assistente Social Caroline Lima falou que o evento surgiu “como demanda dos próprios estudantes do Curso de Serviço Social da FVJ, que na Semana do Serviço Social esse ano colocaram a pauta dos movimentos sociais e apresentaram isso como uma necessidade, sendo um um espaço que se amplia, ainda mais na conjuntura que temos atualmente, de convivência com a seca, da questão do semi-árido, que está sendo muito pautado. É um debate que ainda não tinha sido realizado aqui na FVJ e que foi apontado essa necessidade de discussão sobre a questão agrária.”
“O Seminário vem de um cunho muito importante para o curso, porque além de nos remeter à integração dos movimentos sociais voltada para o movimento social da Terra, do MST, para uma base mais de luta, ele nos remete também à integração dos alunos nos movimentos sociais, nos espaços sócio-ocupacionais. É um momento de aprendizado entre os alunos, entre os professores e capacitadores”, falou Jorgiane da Silva, aluna do 6° período do curso de Serviço Social.
Kamila Martins, palestrante do evento, elencou dois aspectos importantes que iria tratar neste: “No primeiro, aspecto da formação profissional, no sentido de refletir essa realidade agrária do nosso país e da própria região do Vale do Jaguaribe.” Já o outro aspecto “tem uma importância na perspectiva de trazer para dentro da universidade uma população que muitas vezes não é vista como um sujeito de direitos”, completou ela.
Odair Magalhães, também palestrante do evento, falou da questão agrária quanto ao modelo de produção utilizado atualmente, destacando as ações do homem, do impacto causado na terra por este e a questão social por trás destes modelos, que segundo ele expulsam os camponeses e camponesas das terras, porque é um modelo concentrador de terra e ao mesmo tempo há uma tecnologia que acaba interferindo negativamente na monocultura e que vem degradando o meio ambiente.
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